Eddie Van Halen gear - Guitar World - Fevereiro 2016
Publicado em Março, 02, 2016 - Fonte: Guitar World - tradução: Deco KoyTemos aqui um pequeno "aperitivo" da mais recente e exclusiva entrevista de Eddie Van Halen para a revista Guitar World.
Para ler a entrevista completa - e os intrincados detalhes e segredos por trás dos equipamentos que Eddie Van Halen utiliza ao vivo, leia na edição de Fevereiro de 2016 da Guitar World. Ela está disponível para venda na Guitar Store.
Eddie Van Halen sorrí muito enquanto toca guitarra.
Este sorriso continua ali constantemente, tanto durante a passagem de som, quanto nas performances ao vivo, e é uma genuína expressão de felicidade e diversão. Ou talvez seria mais preciso dizer que é uma expressão de alegria tal qual dirigir um carro esportivo a 190 km por hora, ou pulando de para-quedas a 18 mil metros de altura, mergulhando em uma paisagem azul sobre a superficie da terra.
A fonte dessa felicidade é o seu equipamento, o qual está constantemente envolvido ao longo de sua carreira, e que ele vem meticulosamente refinandoao longo de 9 anos através das guitarras, amplificadores e outros itens que ele vem desenvolvendo com sua marca EVH gear.
O som produzido pelo equipamento de Eddie é gutural, como a terra tremendo ao som de uma Lamborghini V12 a todo vapor, e que instantaneamente chama a sua imediata atenção. Isto é perceptível mesmo durante a passagem de som, como a que foi realizada para o show no Bethel Woods Center of the Arts, em Nova Iorque. Com a familia Van Halen em cena - Ed na guitarra, su filho Wolfgang no baixo, e seu irmão Alex na bateria - entoam uma versão instrumental da música "Light Up The Sky", e imediatamente toda a equipe de produção se vira para assistir, e mesmo os que estão lá fora preparando as sinalizações na avenida, param tudo para ouvir.
Graças ao ilimitado acesso que o Van Halen dá para a Guitar World. Eddie estava disponivel para nos compartilhar cada detalhe do seu novo equipamento, inclundo coisas sobre cadeia de sinal, amplificadores e tipos de efeitos, e outros detalhes sobre a marca registrada do seu som, que ajuda outros guitarristas a seguir as pistas certas para conseguir seu tom exato de guitarra, ou a partir disto conseguir construir o seu próprio som de guitarra.
Lembre-se que isto aqui é apenas um preview. Para ver todos os detalhes, leia a revista Guitar World.
Guitarras
Para a turnê de 2015 do Van Halen, Eddie inicialmente planejou utilizar uma de suas guitarras Wolfgang USA com acabamento preto Stealth e braço em ébano com marcações redondas que lembram sua principal guitarra durante toda a turnê de 2012, assim como nas aparições de TV em 2015. Contudo, logo depois que os ensaios para a turnê começaram, Eddie recebeu em casa uma guitarra Wolfgang USA construída por Chip Ellis, que tinha um pesado acabamento branco "envelhecido", marcações no braço em forma de barras, uma chave kill switch custom, que Eddie usa para criar sons "picotados" como na música "You Really Got Me" e também em seu solo.
"Eu estava querendo uma guitarra branca "envelhecida" como aquela", diz Eddie. "Chip construiu uma para mim e achei que ficou um trabalho excelente. Eu a comparei com a minha velha e confiável Stealth, mas a branca soou muito melhor, assim imediatamente ela se tornou minha guitarra principal, tanto nos ensaios quanto nos shows".
Mas enquanto Eddie estava amando a nova guitarra Wolfgang USA branca, ele porém achou que o braço era um pouco mais grosso na espessura, mais do que ele normalmente já estava acostumado a utilizar em seus braços de guitarra.
Assim ele mesmo lixou a parte de trás do braço, até que ficasse mais fino o suficiente para a sua preferência.
"Ainda está um pouco mais espesso do que o braço da Stealth, mas eu gostei do modo como ficou", ele diz.
A Wolfgang USA branca também estréia a sua última inovação: um potenciômetro de volume customizado que não possui absolutamente nada de ruido, que Eddie está oferecendo à venda como um acessório que pode ser instalado em qualquer outra guitarra. "Nós o estamos testando nesta turnê", diz Eddie Van Halen. "É o único potenciômetro de volume em que eu posso tocar 'Cathedral' sem nenhum ruído no movimento".
"Nós analizamos tudo sob a visão de um microscópio", diz Matt Bruck, que é oficialmente o técnico de som de Eddie.
"Existem pontos em um potenciômetro, principalmente entre o 0 e 1, que você pode ouvir um ruído, especialmente em volumes altos e altos ganhos de distorção que Eddie toca ao vivo. Nós recebemos e testamos todos os tipos de potenciômetros feitos para nós, com diferentes materiais e design, mas nós ficamos com este último. Com este você pode girar milhões de vezes e ele continuará em silêncio".
Amplificadores
Contudo, o pesado som do Eddie é gerado 100 porcento dos cabeçotes EVH 5150 IIIS. Eddie tem usado o mesmo exato modelo durante a turnê inteira.
"A beleza dessa versão de produção do 5150 IIIS é que o som não muda desde que você o liga", diz Eddie Van Halen.
"Ele soa igual desde o começo e assim vai até o final do show. Nesta turnê um cara que cuida do nosso som de frente me disse que ele não muda o som em nenhum momento, e assim eu ele não precisa ficar mexendo em nenhuma equalização para compensar. Eu estraguei uma válvula em um show uma vez, mas desde então tenho usado as mesmas válvulas para a turnê inteira".
Eddie é também apaixonado por seus gabinetes 4X12, que são equipados com alto-falantes Celestion G12 EVH 20-watts-12-polegadas. "Eles são fabricados na Inglaterra", ele diz. "Quanto mais você os usa, melhores ficam. Eu tenho usado estes alto-falantes por muitos shows em turnês, e não explodí nenhum até agora".
Efeitos
Mesmo tendo hoje em dia muitos guitarristas com seus efeitos em racks, operando-os via controle Midi, Eddie é daqueles tipo "old school" que preferem ter seus pedais aos seus pés, para, se precisar, efetuar ajustes rápidos. Contudo, ele os conecta todos a um Loop switch customizado, que mantém os pedais inteiramente fora da cadeia do sinal até que ele pise para ligá-los.
O único pedal que não fica ligado no Loop switch é o Cry Baby Wah, que é colocado diretamente como primeiro pedal. Os pedais conectados ao Loop são o EVH MXR Phase 90 e o EVH MXR Flanger,que foram meticulosamente construídos para recriar os sons clássicos dos pedais MXR originais do anos 70 . Um par de pedais Boss - um OC-3 Super Octave e um CE-5 Chorus Ensemble - completam sua coleção de pedais de palco.
"Normalmente eu uso o Chorus para tocar 'Pretty woman', mas não estamos tocando esta música nesta turnê'", diz Eddie Van Halen. "Nesta turnê, eu o uso para tocar 'Drop Dead Legs', e também o Pedal Octave para um ou outro riff".
"Eu estou usando fones de ouvido 'In Ear' agora", ele continua. "Porque eles realmente realçam os efeitos, assim eu tenho a tendência a usar menos efeitos. O 'In Ear' é ótimo para os vocais, mas é péssimo para a guitarra. Eles fazem a guitarra soar como se você estivesse com os ouvidos diretamente direcionados aos alto-falantes, o que pode ser um pouco irritante. Você não tem aquela distância entre a guitarra e o gabinete, assim os sons soam muito mais pronunciados do que deveriam.
Efeitos-pós
A aproximadamente 25 anos atrás Eddie foi o pioneiro no sistema Wet/Dry/Wet setup, que utiliza o amplificador do meio com o som seco e direto, enquanto que os amplificadores da esquerda e da direita soam com som de Eco e outros efeitos, e este setup é o que ele tem utilizado como parte de seu design de palco até hoje. Usando este método, o som de Eddie vem basicamente dos amplificadores e cabeçotes posicionados ao centro. Este centro se mantém claro e puro 100 porcento do tempo, não adulterando assim o tom de guitarra de Eddie. Enquanto isso, um par de racks Roland SDE-3000 digital delays são direcionados para os amplificadores que ficam à esquerda e a direita do principal, Estes delays são programados para prover sons grandes e espacias, ou simular reverbs, porém sem perder a definição e clareza que os reverbs tipicos fazem.
"Eu não preciso necessariamente ouvir o delay", diz Eddie Van Halen. "Eu apenas os adiciono para preencher alguns buracos ou tornar o meu som maior, como um reverb, contudo usando estes delays, eles soam melhores do que um reverb. Eles me dão profundidade de efeitos porém sem mexer no meu sinal original".
(versão original desta matéria aqui)